Paradise Island e Atlantis vistos do Oasis of the Seas |
Nossa primeira parada no cruzeiro pelo Caribe no Oasis of The Seas foi logo na manhã seguinte à partida, em Nassau. Por distar apenas 300 quilômetros de Miami, a capital das Bahamas é um dos destinos preferidos de cruzeiros que saem da Flórida - não é à toa que a principal fonte de renda do país é o turismo. O Oasis aportou em Nassau às 8 e meia da manhã e permaneceu ancorado até as 3 da tarde, o tempo de permanência mais curto de todas as paradas do cruzeiro.
Além das atrações da cidade propriamente dita, muitos cruzeiristas escolhem visitar o gigantesco resort Atlantis e desfrutar das suas atividades. O hotel fica situado na Paradise Island, em frente a Nassau. Quando analisei as excursões oferecidas pela Royal Caribbean, até pensei em conhecer o Atlantis, mas as avaliações feitas pelos excursionistas ao tour eram desanimadoras. Como eu era o único na família que ainda não conhecia o resort, desisti da ideia e nos concentramos em visitar a cidade de Nassau propriamente dita. Quanto ao hotel, acabei dando sorte, pois nosso navio ancorou no píer mais próximo dele, o que permitiu obter vistas fantásticas do complexo a partir do convés superior, que tinha cerca de 60 metros de altura. Quem sabe numa outra oportunidade volto para desfrutar do resort?
As Bahamas têm uma história interessante e atribulada. Poucos anos após a descoberta da América, os espanhóis chegaram e escravizaram os nativos bahamenses. Em três décadas toda a população nativa já tinha sido dizimada pela escravidão ou por doenças e então os espanhóis abandonaram o arquipélago, tornando-o deserto. Tempos depois, as Bahamas foram dominadas por piratas, que acabaram sendo expulsos pelos ingleses após muitos anos. A partir de 1776, a população bahamense triplicou com a chegada de mais ingleses, refugiados devido à independência dos Estados Unidos, acompanhados de seus escravos - hoje 93% da população são descendentes dos escravos trazidos ao longo das décadas seguintes, principalmente da África. O comércio com o Estados Unidos floresceu com o tempo, especialmente com relação ao algodão, mas atualmente a segunda fonte de renda do país, conhecido paraíso fiscal, são os serviços financeiros. Quanto à independência da Inglaterra, finalmente foi declarada em 1973, mas assim como ocorre com Canadá e Austrália, Elizabeth II continua sendo sua rainha.
Falando na família real, uma curiosidade é que o tio de Elizabeth, Eduardo VIII, após renunciar ao trono britânico para se casar com uma divorciada, foi exilado em Nassau, sendo governador das Bahamas por mais de quatro anos durante a Segunda Guerra Mundial.
Na saída do porto checaram meu documento de identidade junto com o cartão do navio, nada de mostrar passaporte ou certificado de vacinação. O atracadouro fica situado no centro da cidade e você desemboca direto na Bay Street, a rua principal repleta de joalherias, um dos grandes setores de comércio em Nassau. Caso você se interesse mais por artesanato, há o Straw Market, um mercado formado por muitas lojinhas e algo tumultuado. Assim que me vi na Bay Street, o que me chamou mesmo a atenção foram os guardas de trânsito, com seu uniforme garboso e seu chapéu característico branco.
Como estávamos com duas crianças e uma adolescente, achamos proveitoso visitar o museu dedicado aos piratas, o Pirates of Nassau Museum, na esquina das King e George Streets, a uma quadra do início da Bay Street. Acertamos, eles adoraram. A entrada para o museu custou $13 para os adultos e $6.50 para os menores, a meia entrada vale entre 4 e 17 anos de idade. Pagamos em dólares americanos, aceitos normalmente na cidade - o dólar bahamense tem valor equivalente ao americano. Só tome cuidado ao receber o troco, podem vir centavos de dólar bahamense "perdidos" em meio às moedas.
O salão inicial do Pirates Museum é dominado por uma reconstituição de um navio pirata, e ao adentrarmos a nau somos conduzidos por dioramas que contam a história da pirataria nas Bahamas, sendo Nassau seu principal núcleo no início do século XVIII. Ao longo do percurso, perguntas no estilo "falso ou verdadeiro" esclarecem os mitos sobre os piratas. Aprendemos por exemplo que muitos deles tinham mesmo papagaios de estimação, mas que a história de mandar os inimigos saltarem da prancha é pura balela. O destaque vai para o infame Barba Negra (apelido dado pela sua barba longa e espessa), o pirata mais temido daquelas bandas e que pendurava pavios acesos nas tranças do seu cabelo ou da barba, assustando ainda mais os inimigos pela fumaça que soltavam, dando-lhe uma aparência demoníaca. A réplica existente no museu é do barco que comandou nos seus anos derradeiros de pilhagem.
A época áurea da pirataria nas Bahamas começou no início do século XVIII, quando frotas francesas e espanholas atacaram Nassau e provocaram o êxodo da população, incluindo seus governantes. Incentivados por rumores de tesouros caribenhos e aproveitando o vácuo deixado, corsários se instalaram na cidade, abandonaram a lealdade à coroa inglesa e formaram uma verdadeira república paralela de piratas sem lei. Anos depois, com o crescente caos causado pelos saques no Caribe, a Inglaterra passou a coibir a pirataria. Finalmente em 1718 Nassau foi tomada pelos britânicos e os piratas locais convidados a se render e obter o perdão; aqueles que não o fizeram foram presos e enforcados. Quanto a Barba Negra, foi perdoado e passou a viver em outra ilha, mas logo voltou à pirataria e morreu em batalha naquele mesmo ano, tendo sua cabeça dependurada no barco do tenente que o derrotou.
Após deixar o museu, tomamos o rumo de Junkanoo Beach, também chamada de West Sand, a praia do centro de Nassau, a poucos quarteirões de distância da Bay Street. A praia estava vazia naquele final de manhã com temperatura de 23 °C e as barraquinhas estavam ainda fechadas, mas no verão costuma ficar lotada e com muito agito. Não achei Junkanoo nada de mais, mas o maravilhoso azul multicolorido do mar do Caribe estava presente. Deu para divisar ao longe nosso navio no cais. Impressionante como o navio da Disney, ancorado ao lado, parecia pequeno ao lado dele.
Para quem prefere curtir uma praia, a ilha de New Providence, onde está situada Nassau, possui uma famosa a poucos quilômetros a oeste, Cable Beach. A praia se estende por seis quilômetros e faz o estilo típico caribenho, com coqueiros, areia branca e resorts. O ônibus 10 liga o centro a Cable Beach.
Após conhecer Junkanoo, minha família resolveu voltar ao Oasis. Decidi então continuar o passeio sozinho perambulando pelas ruas do centro para conhecer a arquitetura da cidade, repleta de casas de madeira de cores variadas em estilo vitoriano com janelas amplas para arejar o ambiente, que contribuem para dar um ar acolhedor aos quarteirões do centro.
Havia lido anteriormente avisos sobre cuidados com a segurança, pois existem casos de furtos e roubos a turistas em Nassau, especialmente à noite e em bairros limítrofes ao centro. Procurei me ater às ruas próximas à Bay Street. Não vi nada de anormal e não sei se foi excesso de zelo.
Dirigi-me então à Government House, a mansão onde vive o governador-geral, o representante da rainha no país, cargo atualmente ocupado por uma mulher. Construída no início do século XIX, a edificação em estilo neoclássico fica situada sobre uma pequena colina em frente ao término da George Street. À sua frente, está uma estátua de Cristóvão Colombo. Nada mais natural, já que a terra descoberta por Colombo em 12 de outubro de 1492 era uma das ilhas das Bahamas. Qual delas se tratava é motivo de discussão até hoje - três ilhas disputam o privilégio.
Voltei então às cercanias do ancoradouro para conhecer a praça cívica de Nassau, a Parliament Square. O pequeno largo é cercado pelos três prédios do Senado, da Câmara e da Oposição (seu líder aliás tem função importante, escolhendo inclusive o chefe da Suprema Corte junto com o Primeiro-Ministro, líder governista). E se a governadora-geral fica admirando a estátua de Colombo da sua janela, os parlamentares não ficam atrás: uma estátua da Rainha Vitória adorna a praça.
Todos os prédios governamentais da área têm estilo neoclássico e também seguem a cor rosa em suas fachadas, formando um conjunto harmonioso; seria uma referência ao flamingo, a ave nacional do país? Eles incluem ainda a Suprema Corte, que fica atrás do Senado, e a Biblioteca, um prédio em formato bem original de octógono. Apesar de mais parecer um observatório, o edifício era a cadeia local há dois séculos. A Biblioteca está separada da Suprema Corte por uma praça simpática com muitas palmeiras. No centro da praça, apropriadamente chamada de Garden of Remembrance, se encontra o Cenotáfio, um obelisco que como o nome indica é um memorial aos bahamenses mortos nas duas Guerras Mundiais. Digna de menção é uma placa no monumento homenageando adicionalmente quatro marinheiros que pereceram quando o navio em que estavam foi afundado por um foguete MiG disparado da vizinha Cuba em 1980.
Estivemos em Nassau na véspera de uma data muito especial, o cinquentenário do Majority Rule Day, que aconteceu em 10 de janeiro de 1967. O evento marcou a primeira vez que as cadeiras do parlamento tiveram maioria de partidos bahamenses representantes da maioria negra e favoráveis à emancipação. A data foi considerada o marco definitivo rumo à independência que seria alcançada seis anos mais tarde, e é tão representativa que o dia se tornou feriado nacional anual. A Parliament Square estava tomada por cartazes com bahamenses ilustres que fizeram a história do país desde então.
Para quem quiser visitar Paradise Island, a ilha do Hotel Atlantis, há um barco que sai do terminal ao lado do atracadouro dos navios de cruzeiro. Por terra, a ilha é conectada a Nassau por duas pontes, a leste do centro. A mais antiga recebe o nome do ator Sidney Poitier, que viveu nas Bahamas até os quinze anos - Poitier é ganhador de dois Oscar e foi o primeiro ator negro a ganhar o prêmio em 1964.
No próximo post, a segunda parada do cruzeiro, Saint Thomas, nas Ilhas Virgens americanas.
Além das atrações da cidade propriamente dita, muitos cruzeiristas escolhem visitar o gigantesco resort Atlantis e desfrutar das suas atividades. O hotel fica situado na Paradise Island, em frente a Nassau. Quando analisei as excursões oferecidas pela Royal Caribbean, até pensei em conhecer o Atlantis, mas as avaliações feitas pelos excursionistas ao tour eram desanimadoras. Como eu era o único na família que ainda não conhecia o resort, desisti da ideia e nos concentramos em visitar a cidade de Nassau propriamente dita. Quanto ao hotel, acabei dando sorte, pois nosso navio ancorou no píer mais próximo dele, o que permitiu obter vistas fantásticas do complexo a partir do convés superior, que tinha cerca de 60 metros de altura. Quem sabe numa outra oportunidade volto para desfrutar do resort?
Plano de Nassau com os locais mencionados no post |
As Bahamas têm uma história interessante e atribulada. Poucos anos após a descoberta da América, os espanhóis chegaram e escravizaram os nativos bahamenses. Em três décadas toda a população nativa já tinha sido dizimada pela escravidão ou por doenças e então os espanhóis abandonaram o arquipélago, tornando-o deserto. Tempos depois, as Bahamas foram dominadas por piratas, que acabaram sendo expulsos pelos ingleses após muitos anos. A partir de 1776, a população bahamense triplicou com a chegada de mais ingleses, refugiados devido à independência dos Estados Unidos, acompanhados de seus escravos - hoje 93% da população são descendentes dos escravos trazidos ao longo das décadas seguintes, principalmente da África. O comércio com o Estados Unidos floresceu com o tempo, especialmente com relação ao algodão, mas atualmente a segunda fonte de renda do país, conhecido paraíso fiscal, são os serviços financeiros. Quanto à independência da Inglaterra, finalmente foi declarada em 1973, mas assim como ocorre com Canadá e Austrália, Elizabeth II continua sendo sua rainha.
Falando na família real, uma curiosidade é que o tio de Elizabeth, Eduardo VIII, após renunciar ao trono britânico para se casar com uma divorciada, foi exilado em Nassau, sendo governador das Bahamas por mais de quatro anos durante a Segunda Guerra Mundial.
Guardas conversando em frente a uma joalheria da Bay Street |
Na saída do porto checaram meu documento de identidade junto com o cartão do navio, nada de mostrar passaporte ou certificado de vacinação. O atracadouro fica situado no centro da cidade e você desemboca direto na Bay Street, a rua principal repleta de joalherias, um dos grandes setores de comércio em Nassau. Caso você se interesse mais por artesanato, há o Straw Market, um mercado formado por muitas lojinhas e algo tumultuado. Assim que me vi na Bay Street, o que me chamou mesmo a atenção foram os guardas de trânsito, com seu uniforme garboso e seu chapéu característico branco.
Guarda controlando o trânsito na Bay Street diante da Parliament Square |
Como estávamos com duas crianças e uma adolescente, achamos proveitoso visitar o museu dedicado aos piratas, o Pirates of Nassau Museum, na esquina das King e George Streets, a uma quadra do início da Bay Street. Acertamos, eles adoraram. A entrada para o museu custou $13 para os adultos e $6.50 para os menores, a meia entrada vale entre 4 e 17 anos de idade. Pagamos em dólares americanos, aceitos normalmente na cidade - o dólar bahamense tem valor equivalente ao americano. Só tome cuidado ao receber o troco, podem vir centavos de dólar bahamense "perdidos" em meio às moedas.
Fachada do museu dos piratas |
O salão inicial do Pirates Museum é dominado por uma reconstituição de um navio pirata, e ao adentrarmos a nau somos conduzidos por dioramas que contam a história da pirataria nas Bahamas, sendo Nassau seu principal núcleo no início do século XVIII. Ao longo do percurso, perguntas no estilo "falso ou verdadeiro" esclarecem os mitos sobre os piratas. Aprendemos por exemplo que muitos deles tinham mesmo papagaios de estimação, mas que a história de mandar os inimigos saltarem da prancha é pura balela. O destaque vai para o infame Barba Negra (apelido dado pela sua barba longa e espessa), o pirata mais temido daquelas bandas e que pendurava pavios acesos nas tranças do seu cabelo ou da barba, assustando ainda mais os inimigos pela fumaça que soltavam, dando-lhe uma aparência demoníaca. A réplica existente no museu é do barco que comandou nos seus anos derradeiros de pilhagem.
Um dos dioramas do museu, mostrando o exílio numa ilha deserta imposto pelo pirata-capitão aos subordinados infratores |
A época áurea da pirataria nas Bahamas começou no início do século XVIII, quando frotas francesas e espanholas atacaram Nassau e provocaram o êxodo da população, incluindo seus governantes. Incentivados por rumores de tesouros caribenhos e aproveitando o vácuo deixado, corsários se instalaram na cidade, abandonaram a lealdade à coroa inglesa e formaram uma verdadeira república paralela de piratas sem lei. Anos depois, com o crescente caos causado pelos saques no Caribe, a Inglaterra passou a coibir a pirataria. Finalmente em 1718 Nassau foi tomada pelos britânicos e os piratas locais convidados a se render e obter o perdão; aqueles que não o fizeram foram presos e enforcados. Quanto a Barba Negra, foi perdoado e passou a viver em outra ilha, mas logo voltou à pirataria e morreu em batalha naquele mesmo ano, tendo sua cabeça dependurada no barco do tenente que o derrotou.
Barba Negra em ação |
Após deixar o museu, tomamos o rumo de Junkanoo Beach, também chamada de West Sand, a praia do centro de Nassau, a poucos quarteirões de distância da Bay Street. A praia estava vazia naquele final de manhã com temperatura de 23 °C e as barraquinhas estavam ainda fechadas, mas no verão costuma ficar lotada e com muito agito. Não achei Junkanoo nada de mais, mas o maravilhoso azul multicolorido do mar do Caribe estava presente. Deu para divisar ao longe nosso navio no cais. Impressionante como o navio da Disney, ancorado ao lado, parecia pequeno ao lado dele.
O Oasis of the Seas (à esquerda) visto da Junkanoo Beach |
Para quem prefere curtir uma praia, a ilha de New Providence, onde está situada Nassau, possui uma famosa a poucos quilômetros a oeste, Cable Beach. A praia se estende por seis quilômetros e faz o estilo típico caribenho, com coqueiros, areia branca e resorts. O ônibus 10 liga o centro a Cable Beach.
A deserta Junkanoo Beach |
Após conhecer Junkanoo, minha família resolveu voltar ao Oasis. Decidi então continuar o passeio sozinho perambulando pelas ruas do centro para conhecer a arquitetura da cidade, repleta de casas de madeira de cores variadas em estilo vitoriano com janelas amplas para arejar o ambiente, que contribuem para dar um ar acolhedor aos quarteirões do centro.
Casa na Queen Street |
Havia lido anteriormente avisos sobre cuidados com a segurança, pois existem casos de furtos e roubos a turistas em Nassau, especialmente à noite e em bairros limítrofes ao centro. Procurei me ater às ruas próximas à Bay Street. Não vi nada de anormal e não sei se foi excesso de zelo.
Government House e a estátua de Colombo |
Dirigi-me então à Government House, a mansão onde vive o governador-geral, o representante da rainha no país, cargo atualmente ocupado por uma mulher. Construída no início do século XIX, a edificação em estilo neoclássico fica situada sobre uma pequena colina em frente ao término da George Street. À sua frente, está uma estátua de Cristóvão Colombo. Nada mais natural, já que a terra descoberta por Colombo em 12 de outubro de 1492 era uma das ilhas das Bahamas. Qual delas se tratava é motivo de discussão até hoje - três ilhas disputam o privilégio.
Parliament Square e os prédios do governo |
Voltei então às cercanias do ancoradouro para conhecer a praça cívica de Nassau, a Parliament Square. O pequeno largo é cercado pelos três prédios do Senado, da Câmara e da Oposição (seu líder aliás tem função importante, escolhendo inclusive o chefe da Suprema Corte junto com o Primeiro-Ministro, líder governista). E se a governadora-geral fica admirando a estátua de Colombo da sua janela, os parlamentares não ficam atrás: uma estátua da Rainha Vitória adorna a praça.
A Rainha Vitória em seu trono diante do Senado |
Todos os prédios governamentais da área têm estilo neoclássico e também seguem a cor rosa em suas fachadas, formando um conjunto harmonioso; seria uma referência ao flamingo, a ave nacional do país? Eles incluem ainda a Suprema Corte, que fica atrás do Senado, e a Biblioteca, um prédio em formato bem original de octógono. Apesar de mais parecer um observatório, o edifício era a cadeia local há dois séculos. A Biblioteca está separada da Suprema Corte por uma praça simpática com muitas palmeiras. No centro da praça, apropriadamente chamada de Garden of Remembrance, se encontra o Cenotáfio, um obelisco que como o nome indica é um memorial aos bahamenses mortos nas duas Guerras Mundiais. Digna de menção é uma placa no monumento homenageando adicionalmente quatro marinheiros que pereceram quando o navio em que estavam foi afundado por um foguete MiG disparado da vizinha Cuba em 1980.
Suprema Corte das Bahamas |
Estivemos em Nassau na véspera de uma data muito especial, o cinquentenário do Majority Rule Day, que aconteceu em 10 de janeiro de 1967. O evento marcou a primeira vez que as cadeiras do parlamento tiveram maioria de partidos bahamenses representantes da maioria negra e favoráveis à emancipação. A data foi considerada o marco definitivo rumo à independência que seria alcançada seis anos mais tarde, e é tão representativa que o dia se tornou feriado nacional anual. A Parliament Square estava tomada por cartazes com bahamenses ilustres que fizeram a história do país desde então.
Biblioteca e Cenotáfio |
Para quem quiser visitar Paradise Island, a ilha do Hotel Atlantis, há um barco que sai do terminal ao lado do atracadouro dos navios de cruzeiro. Por terra, a ilha é conectada a Nassau por duas pontes, a leste do centro. A mais antiga recebe o nome do ator Sidney Poitier, que viveu nas Bahamas até os quinze anos - Poitier é ganhador de dois Oscar e foi o primeiro ator negro a ganhar o prêmio em 1964.
Paradise Island e a ponte Sidney Poitier em outra foto a partir do Oasis of the Seas |
No próximo post, a segunda parada do cruzeiro, Saint Thomas, nas Ilhas Virgens americanas.
⏩➧ Este é o segundo post da série sobre o cruzeiro ao leste do Caribe. Para visualizar os demais , acesse Como é viajar pelo Caribe no Oasis of the Seas.
Postado por Marcelo Schor em 10.05.2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O comentário será publicado após aprovação