Saint Thomas foi a segunda parada do cruzeiro que fizemos pelo Caribe no Oasis of the Seas. Apesar de não tão conhecida dos brasileiros, a ilha, paraíso para mergulho, é um dos destinos favoritos dos americanos, já que pertence aos Estados Unidos. Saint Thomas é uma das Ilhas Virgens americanas, junto com Saint Croix e Saint John (também um passeio muito procurado por quem aporta em Saint Thomas). O nome curioso do arquipélago a leste de Porto Rico foi dado por Cristóvão Colombo, numa referência à lenda das 11.000 virgens seguidoras de Santa Úrsula que teriam sido assassinadas às margens do rio Reno no século IV.
Saint Thomas é americana somente desde 1917, quando os Estados Unidos adquiriram as Ilhas Virgens da Dinamarca pela bagatela de 25 milhões de dólares, já de olho na sua posição estratégica no Caribe. Nessa época a fonte econômica principal, o cultivo da cana, já tinha decaído muito. O centenário da aquisição aconteceu portanto em 31 de março último e foi comemorado com paradas, exposições e concertos.
Saint Thomas é americana somente desde 1917, quando os Estados Unidos adquiriram as Ilhas Virgens da Dinamarca pela bagatela de 25 milhões de dólares, já de olho na sua posição estratégica no Caribe. Nessa época a fonte econômica principal, o cultivo da cana, já tinha decaído muito. O centenário da aquisição aconteceu portanto em 31 de março último e foi comemorado com paradas, exposições e concertos.
O porto de Crown Bay. Ao fundo, Charlotte Amalie |
A capital Charlotte Amalie é um destino de cruzeiros tão popular que existem dois portos onde os navios atracam. Havensight é o porto maior situado a leste da cidade, com um shopping adjacente com filiais das lojas existentes no centro. Desembarcamos no outro porto, Crown Bay, a oeste.
A primeira surpresa ao desembarcar foi a constatação do uso da mão inglesa de tráfego. As Bahamas também a usam, mas lá a colonização foi britânica. Aqui temos uma ilha dinamarquesa que se tornou americana - de onde surgiu então a mão invertida? Para tornar a situação mais esquisita, a maioria dos veículos têm o volante do lado esquerdo, por terem sido fabricados em países da América, incluindo o Brasil. Sabe-se lá como conseguem fazer ultrapassagens seguras com o volante no lado errado... Portanto se você for dirigir na ilha, o cuidado tem que ser dobrado.
Para quem não vai alugar um carro, o meio de transporte mais presente é o táxi. Só que um táxi no estilo caribenho, com o compartimento de passageiros aberto e com vários bancos - uma mistura de caminhonete e trenzinho. Rústico e curioso. Utilizamos esse transporte, chamado de safari, em todos os nossos deslocamentos de poucos quilômetros. O preço foi sempre de quatro dólares por pessoa para as viagens do ancoradouro à praia e à cidade. E numa ocasião o safari virou lotação, com o motorista só deixando a praia com o veículo cheio; ele chegou a sair com lugares vagos, então mudou de ideia e deu marcha à ré para pegar mais gente, torrando nossa paciência por vários minutos até deixar a praia de verdade.
Para quem for seguir o dueto praia + cidade em Saint Thomas, é completamente dispensável pegar uma excursão do cruzeiro - deslocar-se por táxi é muito mais barato, além da vantagem da flexibilidade de horário; táxi é o que não falta por aquelas bandas.
Planejamos nossa escala em Saint Thomas para ir à praia no final da manhã, retornar ao navio para almoçar e em seguida ir conhecer Charlotte Amalie. Segundo a programação, o navio estaria ancorado em Saint Thomas de 11 às 19h. Só que este era o horário do navio, o que ainda não sabíamos (e descobri quando o navio à hora marcada para o desembarque ainda estava se aproximando da ilha) é que a Royal Caribbean segue sempre o fuso da Flórida, independentemente da parada. Com isto, o horário real de atracagem foi ao meio-dia. Como anoitecia às 18h15min em pleno janeiro de inverno, o número de horas disponíveis com luz natural foi menor do que eu contava para visitar os lugares. Em compensação o horário tardio de atracação permitiu visualizar do convés toda a bonita costa rochosa da ilha à medida que o navio rumava ao porto; nas demais escalas estávamos ainda tomando o café da manhã.
As maiores atrações de Saint Thomas são suas praias. E há mais de quarenta delas, cada uma com sua característica própria, algumas mais adequadas ao snorkel, como Coki Beach. A mais famosa das praias é Magens Beach, na costa norte no outro lado da ilha, a meia hora de estrada desde Charlotte Amalie. Já inserida em listas de dez praias mais bonitas do mundo, Magens Beach fica numa baía com formato de ferradura cercada por colinas, e costuma ser muito frequentada, com bastante agitação. Por fazer parte de um parque nacional, é cobrada uma entrada de quatro dólares por pessoa para sua conservação.
Após alguma discussão, resolvemos seguir para uma praia mais calma. Lindbergh Beach (aparentemente o nome é mesmo uma homenagem ao conhecido aviador norte-americano), é mais conhecida como Emerald Beach. O apelido referencia a cor verde da água, mas talvez devido ao tempo nublado não pudemos apreciar esse tom do mar, tampouco o característico azul multicolorido caribenho estava presente. Emerald Beach está situada bem perto do porto de Crown Bay, mas o caminho até lá é um pouco estranho, eu não iria a pé. Não é cobrada entrada e o acesso se dá por um hotel.
A praia de areia branca ficou relativamente vazia na hora e meia que lá passamos. Grande parte dos poucos banhistas usava a toalha do navio; imagino que Magens Beach tenha recebido uma fatia bem maior dos cruzeiristas, sendo o destino das excursões de bordo. Pagamos dez dólares por uma cadeira e guarda-sol, e a água estava tranquila e agradável, ideal para crianças. A pista do aeroporto corre por detrás da praia e o barulho deve incomodar bastante quem se hospeda no hotel, mas para os banhistas não fez a menor diferença.
Após o almoço no bufê do navio, rumamos para Charlotte Amalie, a capital das Ilhas Virgens americanas, situada a três quilômetros do porto de Crown Bay. Apesar dos séculos de dominação dinamarquesa não espere encontrar muitos traços escandinavos na arquitetura das casas - se bem que a cor castanho-avermelhada do Forte Christian me remeteu imediatamente à capital de Faroé, Tórshavn, que havia visitado sete meses antes. O nome da cidade é uma homenagem à esposa do rei dinamarquês Christian V. Cada rua de Charlotte Amalie tem duas denominações, uma inglesa e a outra dinamarquesa, mas as placas normalmente apontam somente o nome escandinavo. Desta forma a Main Street aparece como Dronningens Gade na placa.
Charlotte Amalie é uma cidade cujo casario sobe o morro, mas sua rua principal (ela mesma, a Main Street), como a primeira paralela à praia, está ainda na faixa plana. Lá se concentram as lojas que fazem a festa dos turistas. Saint Thomas é livre de impostos, e ao longo da Main Street você vai encontrar uma multidão percorrendo as lojas de joias, com ênfase em diamantes, e de relógios, porcelana, cristais e bebidas. As ruelas transversais, bem estreitas (algumas nem calçada têm) e mais vazias, ligam a rua à praia ou na direção contrária aos bairros residenciais no morro. As casas chamam a atenção pelos balcões trabalhados das varandas do segundo andar.
Nosso roteiro em Charlotte Amalie incluía a visita a duas construções históricas. A primeira é o prédio mais chamativo de Charlotte Amalie, ao final da calçada da praia. O Forte Christian é a construção mais antiga da cidade, tendo sido erguido em 1672 pelos dinamarqueses. O forte originalmente se situava numa península, vigiando o porto. A torre com um relógio em cada uma das quatro faces só foi adicionada dois séculos depois. O forte serviu posteriormente como prisão e sede governamental. Infelizmente está há tempos fechado sob reforma.
Saindo do jardim detrás do forte, o Emancipation Garden, a Escada dos 99 Degraus (dizem que o número de degraus é maior) leva à Torre Skytsborg, mais conhecida como o Castelo do Barba Negra. Já falei muito do pirata que foi o terror do Caribe no post sobre Nassau. Aqui basta dizer que se trata de uma denominação de marketing, pois nada indica que Barba Negra tenha posto os pés naquele local. Para justificar o nome, há na torre uma apresentação de um ator fantasiado de Barba Negra incluída no ingresso, e a vista do litoral lá de cima é bem bonita. Como eu já tinha visitado o Museu Pirata em Nassau, não achei que o esforço de subida valesse a pena.
A segundo construção que visitamos é outra recordista no quesito longevidade e está numa localização mais escondida. Trata-se da Sinagoga de Saint Thomas, a mais antiga em atividade nos Estados Unidos e a segunda em todo o hemisfério ocidental. Para alcançá-la, deve-se entrar na Raadets Gade, transversal da Main Street, e subir a pequena ladeira até o final, dobrando à esquerda, na Crystal Gade, onde fica a sinagoga no número 15. Chegamos praticamente com o templo fechando, pois o horário de visitas é de 9 às 4 da tarde. A sinagoga construída em 1833 atende à pequena comunidade judaica insular de 120 famílias e possui uma característica muito peculiar - seu piso é de areia. Segundo o folheto disponível, existem duas explicações possíveis para o chão inusitado. A primeira seria uma referência ao deserto por onde Moisés vagou com seu povo por quarenta anos após a saída do Egito. A outra refletiria um costume dos judeus dinamarqueses, que chegaram com os plantadores de cana no século XVII: muitos tinham antepassados oriundos da Espanha, onde a areia era usada para camuflar o som das rezas então proibidas no tempo da Inquisição.
Com o céu se fechando cada vez mais, fizemos um passeio rápido pela orla e tomamos um dos muitos safaris disponíveis para voltar ao navio. Vou ser franco, com a devida colaboração da tarde muito nublada, não achei Charlotte Amalie atrativa. No saldo final, Saint Thomas foi a escala mais fraca do cruzeiro.
O Oasis of the Seas atracado em Crown Bay |
A primeira surpresa ao desembarcar foi a constatação do uso da mão inglesa de tráfego. As Bahamas também a usam, mas lá a colonização foi britânica. Aqui temos uma ilha dinamarquesa que se tornou americana - de onde surgiu então a mão invertida? Para tornar a situação mais esquisita, a maioria dos veículos têm o volante do lado esquerdo, por terem sido fabricados em países da América, incluindo o Brasil. Sabe-se lá como conseguem fazer ultrapassagens seguras com o volante no lado errado... Portanto se você for dirigir na ilha, o cuidado tem que ser dobrado.
Para quem não vai alugar um carro, o meio de transporte mais presente é o táxi. Só que um táxi no estilo caribenho, com o compartimento de passageiros aberto e com vários bancos - uma mistura de caminhonete e trenzinho. Rústico e curioso. Utilizamos esse transporte, chamado de safari, em todos os nossos deslocamentos de poucos quilômetros. O preço foi sempre de quatro dólares por pessoa para as viagens do ancoradouro à praia e à cidade. E numa ocasião o safari virou lotação, com o motorista só deixando a praia com o veículo cheio; ele chegou a sair com lugares vagos, então mudou de ideia e deu marcha à ré para pegar mais gente, torrando nossa paciência por vários minutos até deixar a praia de verdade.
O táxi-lotação que nos levou da praia ao ancoradouro |
Para quem for seguir o dueto praia + cidade em Saint Thomas, é completamente dispensável pegar uma excursão do cruzeiro - deslocar-se por táxi é muito mais barato, além da vantagem da flexibilidade de horário; táxi é o que não falta por aquelas bandas.
Planejamos nossa escala em Saint Thomas para ir à praia no final da manhã, retornar ao navio para almoçar e em seguida ir conhecer Charlotte Amalie. Segundo a programação, o navio estaria ancorado em Saint Thomas de 11 às 19h. Só que este era o horário do navio, o que ainda não sabíamos (e descobri quando o navio à hora marcada para o desembarque ainda estava se aproximando da ilha) é que a Royal Caribbean segue sempre o fuso da Flórida, independentemente da parada. Com isto, o horário real de atracagem foi ao meio-dia. Como anoitecia às 18h15min em pleno janeiro de inverno, o número de horas disponíveis com luz natural foi menor do que eu contava para visitar os lugares. Em compensação o horário tardio de atracação permitiu visualizar do convés toda a bonita costa rochosa da ilha à medida que o navio rumava ao porto; nas demais escalas estávamos ainda tomando o café da manhã.
Magens Beach - fonte: flickr dbking |
As maiores atrações de Saint Thomas são suas praias. E há mais de quarenta delas, cada uma com sua característica própria, algumas mais adequadas ao snorkel, como Coki Beach. A mais famosa das praias é Magens Beach, na costa norte no outro lado da ilha, a meia hora de estrada desde Charlotte Amalie. Já inserida em listas de dez praias mais bonitas do mundo, Magens Beach fica numa baía com formato de ferradura cercada por colinas, e costuma ser muito frequentada, com bastante agitação. Por fazer parte de um parque nacional, é cobrada uma entrada de quatro dólares por pessoa para sua conservação.
Emerald Beach |
Após alguma discussão, resolvemos seguir para uma praia mais calma. Lindbergh Beach (aparentemente o nome é mesmo uma homenagem ao conhecido aviador norte-americano), é mais conhecida como Emerald Beach. O apelido referencia a cor verde da água, mas talvez devido ao tempo nublado não pudemos apreciar esse tom do mar, tampouco o característico azul multicolorido caribenho estava presente. Emerald Beach está situada bem perto do porto de Crown Bay, mas o caminho até lá é um pouco estranho, eu não iria a pé. Não é cobrada entrada e o acesso se dá por um hotel.
A praia de areia branca ficou relativamente vazia na hora e meia que lá passamos. Grande parte dos poucos banhistas usava a toalha do navio; imagino que Magens Beach tenha recebido uma fatia bem maior dos cruzeiristas, sendo o destino das excursões de bordo. Pagamos dez dólares por uma cadeira e guarda-sol, e a água estava tranquila e agradável, ideal para crianças. A pista do aeroporto corre por detrás da praia e o barulho deve incomodar bastante quem se hospeda no hotel, mas para os banhistas não fez a menor diferença.
Emerald Beach e o hotel |
Após o almoço no bufê do navio, rumamos para Charlotte Amalie, a capital das Ilhas Virgens americanas, situada a três quilômetros do porto de Crown Bay. Apesar dos séculos de dominação dinamarquesa não espere encontrar muitos traços escandinavos na arquitetura das casas - se bem que a cor castanho-avermelhada do Forte Christian me remeteu imediatamente à capital de Faroé, Tórshavn, que havia visitado sete meses antes. O nome da cidade é uma homenagem à esposa do rei dinamarquês Christian V. Cada rua de Charlotte Amalie tem duas denominações, uma inglesa e a outra dinamarquesa, mas as placas normalmente apontam somente o nome escandinavo. Desta forma a Main Street aparece como Dronningens Gade na placa.
Dronninges Gade ou... |
... Main Street, conforme o gosto do visitante |
Charlotte Amalie é uma cidade cujo casario sobe o morro, mas sua rua principal (ela mesma, a Main Street), como a primeira paralela à praia, está ainda na faixa plana. Lá se concentram as lojas que fazem a festa dos turistas. Saint Thomas é livre de impostos, e ao longo da Main Street você vai encontrar uma multidão percorrendo as lojas de joias, com ênfase em diamantes, e de relógios, porcelana, cristais e bebidas. As ruelas transversais, bem estreitas (algumas nem calçada têm) e mais vazias, ligam a rua à praia ou na direção contrária aos bairros residenciais no morro. As casas chamam a atenção pelos balcões trabalhados das varandas do segundo andar.
A orla de Charlotte Amalie com o Forte Christian ao fundo |
Nosso roteiro em Charlotte Amalie incluía a visita a duas construções históricas. A primeira é o prédio mais chamativo de Charlotte Amalie, ao final da calçada da praia. O Forte Christian é a construção mais antiga da cidade, tendo sido erguido em 1672 pelos dinamarqueses. O forte originalmente se situava numa península, vigiando o porto. A torre com um relógio em cada uma das quatro faces só foi adicionada dois séculos depois. O forte serviu posteriormente como prisão e sede governamental. Infelizmente está há tempos fechado sob reforma.
A bela torre do Forte Christian em meio aos tapumes |
Saindo do jardim detrás do forte, o Emancipation Garden, a Escada dos 99 Degraus (dizem que o número de degraus é maior) leva à Torre Skytsborg, mais conhecida como o Castelo do Barba Negra. Já falei muito do pirata que foi o terror do Caribe no post sobre Nassau. Aqui basta dizer que se trata de uma denominação de marketing, pois nada indica que Barba Negra tenha posto os pés naquele local. Para justificar o nome, há na torre uma apresentação de um ator fantasiado de Barba Negra incluída no ingresso, e a vista do litoral lá de cima é bem bonita. Como eu já tinha visitado o Museu Pirata em Nassau, não achei que o esforço de subida valesse a pena.
A rua de acesso à sinagoga, Raadets Gade |
A segundo construção que visitamos é outra recordista no quesito longevidade e está numa localização mais escondida. Trata-se da Sinagoga de Saint Thomas, a mais antiga em atividade nos Estados Unidos e a segunda em todo o hemisfério ocidental. Para alcançá-la, deve-se entrar na Raadets Gade, transversal da Main Street, e subir a pequena ladeira até o final, dobrando à esquerda, na Crystal Gade, onde fica a sinagoga no número 15. Chegamos praticamente com o templo fechando, pois o horário de visitas é de 9 às 4 da tarde. A sinagoga construída em 1833 atende à pequena comunidade judaica insular de 120 famílias e possui uma característica muito peculiar - seu piso é de areia. Segundo o folheto disponível, existem duas explicações possíveis para o chão inusitado. A primeira seria uma referência ao deserto por onde Moisés vagou com seu povo por quarenta anos após a saída do Egito. A outra refletiria um costume dos judeus dinamarqueses, que chegaram com os plantadores de cana no século XVII: muitos tinham antepassados oriundos da Espanha, onde a areia era usada para camuflar o som das rezas então proibidas no tempo da Inquisição.
O interior da Sinagoga de Saint Thomas |
Com o céu se fechando cada vez mais, fizemos um passeio rápido pela orla e tomamos um dos muitos safaris disponíveis para voltar ao navio. Vou ser franco, com a devida colaboração da tarde muito nublada, não achei Charlotte Amalie atrativa. No saldo final, Saint Thomas foi a escala mais fraca do cruzeiro.
⏩➧ Este é o terceiro post da série sobre o cruzeiro ao leste do Caribe. Para visualizar os demais , acesse Como é viajar pelo Caribe no Oasis of the Seas.
Postado por Marcelo Schor em 29.05.2017
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