A bandeira do Canadá tremula diante do lago Bras d'Or |
Quando visitei Halifax em junho de 2015 após fazer o cruzeiro pelo Alasca, me encantei tanto com a cidade que prometi a mim mesmo que voltaria para conhecer melhor a região. Pensado e feito. Em setembro passado retornei e percorri de ponta a ponta as Províncias Marítimas canadenses formadas pela Nova Escócia, New Brunswick e Ilha do Príncipe Eduardo. Situadas no extremo leste do Canadá (o fuso horário nos nossos meses de inverno é o mesmo do Rio), as províncias fazem parte do Canadá desde a formação da Confederação em 1867.
Além das colonizações inglesa e francesa, ambas presentes na área, temos ainda a escocesa, que confere um charme todo especial à Nova Escócia. As paisagens das províncias são extremamente bucólicas, típicas de interior, com muito verde e cidadezinhas aqui e acolá - o maior núcleo urbano é mesmo Halifax, com 315.000 habitantes.
Quebrei a cabeça para fazer o planejamento da viagem. Não há a menor dúvida que o melhor meio de transporte para percorrer as três províncias é o automóvel. Mas quem acompanha meus relatos sabe da minha relutância em dirigir no exterior. Verifiquei que as cidades que pretendia visitar são ligadas por ônibus, que utilizei bastante. No entanto, a malha de transporte na atração que mais queria conhecer, Cape Breton, era quase inexistente. Acabei chegando ao meio termo, contratei uma excursão de três dias a Cape Breton partindo de Halifax e o restante fiz por ônibus intermunicipal mesmo, o que acabou sendo satisfatório.
O roteiro que montei foi o seguinte:
Dia 1 - Chegada a Halifax em voo vindo de Boston.
Dias 2 a 4 - Excursão a Cape Breton.
Dia 5 - Viagem de ônibus de Halifax à Ilha do Príncipe Eduardo.
Dia 6 - Charlottetown, capital da Ilha do Príncipe Eduardo.
Dia 7 - Viagem de ônibus de Charlottetown a Saint John.
Dia 8 - Saint John e Baía de Fundy.
Dia 9 - Partida de Saint John em voo para Toronto.
Inúmeras e grandes abóboras à venda nos mercados ao ar livre e algumas árvores iniciando a troca de cor das folhas já anunciavam a chegada próxima do mês de outubro. As províncias são bastante influenciadas pela presença do Oceano Atlântico e neste início de outono o tempo se alterou enormemente, de dias de sol sem nuvem a chuvas torrenciais. E a temperatura variou entre 1 e 17 °C durante o dia. De qualquer maneira, era uma época interessante para se conhecer as Províncias Marítimas, antes da elevação dos preços na rede hoteleira característica de outubro, época considerada de alta temporada devido ao espetáculo da folhagem.
Não vou me estender sobre Halifax e os arredores, pois já escrevi três posts sobre a visita anterior, cujos links você encontra no final do post. Começo então o relato com o segundo dia, quando embarquei na excursão da Atlantic Tours rumo a Cape Breton, ainda na Nova Escócia. O pernoite em Halifax no Cambridge Suites estava incluído no pacote. À hora marcada pela manhã uma van apareceu para pegar os excursionistas. Para minha surpresa, havia muitos jovens, um grupo formado por moças escocesas, galesas e inglesas que eram agentes de turismo e iriam conhecer Cape Breton para divulgá-la em seus países, além de um rapaz descendente de iranianos morador de Toronto. A van lotada tomou o rumo de New Glasgow, onde iríamos embarcar no ônibus que trazia o grupo que fazia a excursão completa havia dez dias, mais ou menos o roteiro invertido que eu cumpriria por conta própria a seguir, e que certamente saiu muito mais barato que se tivesse feito a excursão desde o início. Esta parte do grupo seguia os moldes tradicionais, praticamente toda formada por norte-americanos e canadenses na terceira idade. Por sinal bem simpáticos, e que diante do noticiário policial que ouviam sobre o Brasil, tentaram me convencer a emigrar para o Canadá.
O ônibus saiu de New Glasgow lotado, com 46 excursionistas (seriam 48, mas um casal havia abandonado a excursão original no meio devido ao marido ter adoecido). Muita gente para o meu gosto, mas seriam só três dias e quase todo o combinado foi cumprido sem atrasos. A guia era bem competente e conhecedora da área, pois morava em Cape Breton com a família, e ao longo dos três dias esclareceu várias dúvidas sobre o dia a dia dos canadenses. Foi ainda bastante atenciosa - eu estava sob dieta por problemas de saúde e ela fez questão de verificar cada cardápio das refeições incluídas no pacote, trocando meu prato quando necessário.
Adentramos Cape Breton no meio da tarde após atravessar a causeway que liga a ilha ao continente. Até aí, a viagem transcorreu sem qualquer atrativo no caminho. Após rodar mais uma hora, chegamos à vila que serviria de base nos dois pernoites da excursão. Baddeck tem 750 habitantes e é superagradável, situada à beira do Bras d'Or, um lago que quase divide a ilha em duas, ligado ao oceano por um canal próximo à vila. A paisagem bucólica do lago cercado de colinas verdejantes lembra bastante os cenários escoceses. Vários restaurantes na cidade oferecem a iguaria pela qual Cape Breton e a Nova Escócia são conhecidas, a lagosta. Felizmente para mim, que não gosto do crustáceo, os meus colegas excursionistas tinham se fartado num festival de lagosta em Charlottetown na noite anterior à minha chegada, e não vi sinal do bicho à mesa nas refeições inclusas no pacote até o fim da excursão.
Fomos direto conhecer a atração principal de Baddeck, o Alexander Graham Bell National Site. E o que o cientista reconhecido como inventor do telefone por décadas a fio até 2002 tem a ver com Cape Breton? Pois é, Graham Bell escolheu Baddeck para construir sua casa de veraneio justamente pela semelhança da região do lago com sua Escócia natal. Nascido em Edimburgo (como já tinha mencionado no post sobre a capital da Escócia), Graham Bell construiu a casa em 1886, dez anos após ter patenteado o telefone e feito sua famosa demonstração do invento para D. Pedro II em Filadélfia. O casal Bell passou todos os verões na casa à beira do lago até a morte do inventor em 1922. Seu túmulo está localizado próximo à casa, no alto da montanha.
O museu está situado numa pequena colina em meio a uma extensa área gramada junto ao lago, com uma vista de cartão postal. Não se trata da casa de Graham Bell, nomeada Beinn Bhreagh, que significa "montanha bonita" em gaélico e está situada do outro lado do lago Bras d'Or. O museu ocupa uma construção de estilo moderno de formato um tanto exótico, explorando a forma do tetraedro, o polígono de quatro lados que era a figura geométrica favorita de Graham Bell.
A exposição mostra tanto a vida de Graham Bell através de textos e fotos quanto suas invenções. Aprendemos que ele era originalmente professor de surdos, interesse surgido devido à surdez de sua mãe. Acabou casando com uma de suas alunas, Mabel, também deficiente auditiva. Por coincidência alguns dias depois, já no Rio, eu acabei assistindo a um episódio de uma de minhas séries de TV favoritas, Murdoch Mysteries, onde o sagaz detetive nascido na Nova Escócia resolvia um assassinato ocorrido num jantar patrocinado por Graham Bell e sua esposa em Toronto.
A segunda parte do museu apresenta as invenções e experimentos de Graham Bell, com explicações sobre seu funcionamento. Além de professor e cientista, ele também era apaixonado pela aeronáutica e medicina, contribuindo com invenções nas duas áreas. Seus telefones, pipas tetraédricas e o primeiro hidrofólio estão presentes. O destaque vai para o Silver Dart, aeroplano construído em 1908 pela equipe chefiada por Graham Bell, dois anos após o voo pioneiro do 14 Bis. O Silver Dart foi o primeiro avião pilotado a voar no Canadá, tendo decolado a partir do lago congelado em Baddeck e alcançado a "estonteante" altitude de nove metros em seu voo inaugural. O avião em exposição é uma réplica construída para comemorar o cinquentenário da sua construção.
Em resumo, o museu é uma atração imperdível para quem visita a região, tanto pelo renome do homenageado quanto pelo conteúdo interessante, sem falar na localização fotogênica.
O final do dia nos reservava uma ótima surpresa: o Inverary Resort, o hotel onde nos hospedamos. Situado literalmente à beira do lago, o hotel charmoso é formado por várias prédios de três andares com fachada de madeira e mansardas no último pavimento, arquitetura típica das Províncias Marítimas. Dei sorte, pois o corredor de acesso ao meu quarto dava vista justo para o lago. Como tudo tem prós e contras, a fechadura ainda usava chaves tradicionais e ao voltar do jantar, o ato de abrir a porta do quarto não era uma tarefa agradável com o vento congelante que soprava direto do lago no meio da noite fria.
O café da manhã e o jantar aconteciam no refeitório estrategicamente localizado junto ao cais. A comida era saborosa, e nada como cear acompanhando o pôr do sol naquele cenário lacustre paradisíaco. O hotel se situava nas cercanias do centro, a dez minutos de caminhada. A rua principal do centro, que passa a acompanhar a orla a partir de certo ponto, possui bares e restaurantes.
Inquietante foi saber pela guia que o prédio principal do hotel tinha sido todo consumido pelas chamas numa madrugada três meses antes, felizmente sem vítimas (veja aqui a reportagem com vídeo). Minha ansiedade tinha um motivo recente: dois dias antes, ainda hospedado no 16º pavimento em Boston, fui acordado às duas da manhã por um alarme de incêndio no hotel, exortando os hóspedes a se prepararem para uma evacuação que acabou não acontecendo, pois o alarme se provou falso quarenta minutos depois. Foram minutos tensos... Ao saber do incêndio em Baddeck, tremi ao pensar no que poderia ter acontecido em Boston.
O dia seguinte seria dedicado a percorrer a estrada de Cabot Trail, considerada um dos caminhos mais cênicos do Canadá, conforme relatado no próximo post.
⏬Posts publicados sobre as Províncias Marítimas canadenses:
Quebrei a cabeça para fazer o planejamento da viagem. Não há a menor dúvida que o melhor meio de transporte para percorrer as três províncias é o automóvel. Mas quem acompanha meus relatos sabe da minha relutância em dirigir no exterior. Verifiquei que as cidades que pretendia visitar são ligadas por ônibus, que utilizei bastante. No entanto, a malha de transporte na atração que mais queria conhecer, Cape Breton, era quase inexistente. Acabei chegando ao meio termo, contratei uma excursão de três dias a Cape Breton partindo de Halifax e o restante fiz por ônibus intermunicipal mesmo, o que acabou sendo satisfatório.
Cartaz de boas vindas a Cape Breton |
O roteiro que montei foi o seguinte:
Dia 1 - Chegada a Halifax em voo vindo de Boston.
Dias 2 a 4 - Excursão a Cape Breton.
Dia 5 - Viagem de ônibus de Halifax à Ilha do Príncipe Eduardo.
Dia 6 - Charlottetown, capital da Ilha do Príncipe Eduardo.
Dia 7 - Viagem de ônibus de Charlottetown a Saint John.
Dia 8 - Saint John e Baía de Fundy.
Dia 9 - Partida de Saint John em voo para Toronto.
Inúmeras e grandes abóboras à venda nos mercados ao ar livre e algumas árvores iniciando a troca de cor das folhas já anunciavam a chegada próxima do mês de outubro. As províncias são bastante influenciadas pela presença do Oceano Atlântico e neste início de outono o tempo se alterou enormemente, de dias de sol sem nuvem a chuvas torrenciais. E a temperatura variou entre 1 e 17 °C durante o dia. De qualquer maneira, era uma época interessante para se conhecer as Províncias Marítimas, antes da elevação dos preços na rede hoteleira característica de outubro, época considerada de alta temporada devido ao espetáculo da folhagem.
Lago Bras d'Or visto do hotel |
Não vou me estender sobre Halifax e os arredores, pois já escrevi três posts sobre a visita anterior, cujos links você encontra no final do post. Começo então o relato com o segundo dia, quando embarquei na excursão da Atlantic Tours rumo a Cape Breton, ainda na Nova Escócia. O pernoite em Halifax no Cambridge Suites estava incluído no pacote. À hora marcada pela manhã uma van apareceu para pegar os excursionistas. Para minha surpresa, havia muitos jovens, um grupo formado por moças escocesas, galesas e inglesas que eram agentes de turismo e iriam conhecer Cape Breton para divulgá-la em seus países, além de um rapaz descendente de iranianos morador de Toronto. A van lotada tomou o rumo de New Glasgow, onde iríamos embarcar no ônibus que trazia o grupo que fazia a excursão completa havia dez dias, mais ou menos o roteiro invertido que eu cumpriria por conta própria a seguir, e que certamente saiu muito mais barato que se tivesse feito a excursão desde o início. Esta parte do grupo seguia os moldes tradicionais, praticamente toda formada por norte-americanos e canadenses na terceira idade. Por sinal bem simpáticos, e que diante do noticiário policial que ouviam sobre o Brasil, tentaram me convencer a emigrar para o Canadá.
O ônibus saiu de New Glasgow lotado, com 46 excursionistas (seriam 48, mas um casal havia abandonado a excursão original no meio devido ao marido ter adoecido). Muita gente para o meu gosto, mas seriam só três dias e quase todo o combinado foi cumprido sem atrasos. A guia era bem competente e conhecedora da área, pois morava em Cape Breton com a família, e ao longo dos três dias esclareceu várias dúvidas sobre o dia a dia dos canadenses. Foi ainda bastante atenciosa - eu estava sob dieta por problemas de saúde e ela fez questão de verificar cada cardápio das refeições incluídas no pacote, trocando meu prato quando necessário.
O belo crepúsculo em Baddeck, com destaque para o prato típico, lagosta. |
Adentramos Cape Breton no meio da tarde após atravessar a causeway que liga a ilha ao continente. Até aí, a viagem transcorreu sem qualquer atrativo no caminho. Após rodar mais uma hora, chegamos à vila que serviria de base nos dois pernoites da excursão. Baddeck tem 750 habitantes e é superagradável, situada à beira do Bras d'Or, um lago que quase divide a ilha em duas, ligado ao oceano por um canal próximo à vila. A paisagem bucólica do lago cercado de colinas verdejantes lembra bastante os cenários escoceses. Vários restaurantes na cidade oferecem a iguaria pela qual Cape Breton e a Nova Escócia são conhecidas, a lagosta. Felizmente para mim, que não gosto do crustáceo, os meus colegas excursionistas tinham se fartado num festival de lagosta em Charlottetown na noite anterior à minha chegada, e não vi sinal do bicho à mesa nas refeições inclusas no pacote até o fim da excursão.
Bonecos representando Graham Bell e sua esposa na velhice, acompanhados das indefectíveis abóboras de outubro |
Fomos direto conhecer a atração principal de Baddeck, o Alexander Graham Bell National Site. E o que o cientista reconhecido como inventor do telefone por décadas a fio até 2002 tem a ver com Cape Breton? Pois é, Graham Bell escolheu Baddeck para construir sua casa de veraneio justamente pela semelhança da região do lago com sua Escócia natal. Nascido em Edimburgo (como já tinha mencionado no post sobre a capital da Escócia), Graham Bell construiu a casa em 1886, dez anos após ter patenteado o telefone e feito sua famosa demonstração do invento para D. Pedro II em Filadélfia. O casal Bell passou todos os verões na casa à beira do lago até a morte do inventor em 1922. Seu túmulo está localizado próximo à casa, no alto da montanha.
Alexander Graham Bell Museum |
O museu está situado numa pequena colina em meio a uma extensa área gramada junto ao lago, com uma vista de cartão postal. Não se trata da casa de Graham Bell, nomeada Beinn Bhreagh, que significa "montanha bonita" em gaélico e está situada do outro lado do lago Bras d'Or. O museu ocupa uma construção de estilo moderno de formato um tanto exótico, explorando a forma do tetraedro, o polígono de quatro lados que era a figura geométrica favorita de Graham Bell.
Os jardins do museu e o Lago Bras d'Or, com o farol de Kidston Island ao fundo |
A exposição mostra tanto a vida de Graham Bell através de textos e fotos quanto suas invenções. Aprendemos que ele era originalmente professor de surdos, interesse surgido devido à surdez de sua mãe. Acabou casando com uma de suas alunas, Mabel, também deficiente auditiva. Por coincidência alguns dias depois, já no Rio, eu acabei assistindo a um episódio de uma de minhas séries de TV favoritas, Murdoch Mysteries, onde o sagaz detetive nascido na Nova Escócia resolvia um assassinato ocorrido num jantar patrocinado por Graham Bell e sua esposa em Toronto.
Exposição cronológica sobre Graham Bell. Repare na vista das janelas ao fundo. |
A segunda parte do museu apresenta as invenções e experimentos de Graham Bell, com explicações sobre seu funcionamento. Além de professor e cientista, ele também era apaixonado pela aeronáutica e medicina, contribuindo com invenções nas duas áreas. Seus telefones, pipas tetraédricas e o primeiro hidrofólio estão presentes. O destaque vai para o Silver Dart, aeroplano construído em 1908 pela equipe chefiada por Graham Bell, dois anos após o voo pioneiro do 14 Bis. O Silver Dart foi o primeiro avião pilotado a voar no Canadá, tendo decolado a partir do lago congelado em Baddeck e alcançado a "estonteante" altitude de nove metros em seu voo inaugural. O avião em exposição é uma réplica construída para comemorar o cinquentenário da sua construção.
Em resumo, o museu é uma atração imperdível para quem visita a região, tanto pelo renome do homenageado quanto pelo conteúdo interessante, sem falar na localização fotogênica.
Silver Dart |
O final do dia nos reservava uma ótima surpresa: o Inverary Resort, o hotel onde nos hospedamos. Situado literalmente à beira do lago, o hotel charmoso é formado por várias prédios de três andares com fachada de madeira e mansardas no último pavimento, arquitetura típica das Províncias Marítimas. Dei sorte, pois o corredor de acesso ao meu quarto dava vista justo para o lago. Como tudo tem prós e contras, a fechadura ainda usava chaves tradicionais e ao voltar do jantar, o ato de abrir a porta do quarto não era uma tarefa agradável com o vento congelante que soprava direto do lago no meio da noite fria.
O café da manhã e o jantar aconteciam no refeitório estrategicamente localizado junto ao cais. A comida era saborosa, e nada como cear acompanhando o pôr do sol naquele cenário lacustre paradisíaco. O hotel se situava nas cercanias do centro, a dez minutos de caminhada. A rua principal do centro, que passa a acompanhar a orla a partir de certo ponto, possui bares e restaurantes.
O prédio onde dormi no Inverary Resort. Meu quarto no segundo andar está encoberto pela árvore iluminada pelo sol. |
Vista diante do meu quarto. |
Inquietante foi saber pela guia que o prédio principal do hotel tinha sido todo consumido pelas chamas numa madrugada três meses antes, felizmente sem vítimas (veja aqui a reportagem com vídeo). Minha ansiedade tinha um motivo recente: dois dias antes, ainda hospedado no 16º pavimento em Boston, fui acordado às duas da manhã por um alarme de incêndio no hotel, exortando os hóspedes a se prepararem para uma evacuação que acabou não acontecendo, pois o alarme se provou falso quarenta minutos depois. Foram minutos tensos... Ao saber do incêndio em Baddeck, tremi ao pensar no que poderia ter acontecido em Boston.
O cais e o refeitório do Inverary Resort |
O dia seguinte seria dedicado a percorrer a estrada de Cabot Trail, considerada um dos caminhos mais cênicos do Canadá, conforme relatado no próximo post.
⏬Posts publicados sobre as Províncias Marítimas canadenses:
- Halifax, onde o Canadá é um pouco escocês.
- Halifax e o mar - uma ligação trágica
- Lunenburg, uma cidade preservada na Nova Escócia
- Cabot Trail, uma das estradas mais cênicas do Canadá
- A Fortaleza de Louisbourg em Cape Breton
- Charlottetown, o berço da Confederação Canadense
- Passeio pela Ilha do Príncipe Eduardo
- Saint John e a Baía de Fundy.
Postado por Marcelo Schor em 19.04.2019
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